INFÂNCIA

 

Filho de João Araújo, produtor fonográfico e de Maria Lúcia Araújo (mais conhecida como Lucinha Araújo), costureira. Cazuza recebeu o apelido mesmo antes do nascimento. Seu avô paterno era de Pernambuco e Cazuza significa vespa naquele estado brasileiro. Recebeu o nome do avô, Agenor. Cazuza sempre renegou seu nome e só mais tarde quando descobriu que um de seus compositores prediletos, Cartola também se chamava Agenor é que Cazuza começou a aceitar o seu nome.

Cazuza sempre teve contato com a música, influenciado desde pequeno pelos fortes valores da música brasileira, ele tinha preferência pelas canções dramáticas e melancólicas, como as de Cartola, Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues, Noel Rosa e Maysa.

Cazuza cresceu no bairro de Ipanema e estudou no Colégio Santo Inácio. Como os pais às vezes saíam à noite, o filho único ficava na companhia da avó materna. Por volta de 1965, ele começou a escrever letras e poemas que mostrava à avó.

Pelo trabalho do pai, Cazuza cresceu em volta dos maiores nomes da Música Popular Brasileira como Caetano Veloso, Elis Regina, Gal Costa, Gilberto Gil, João Gilberto, Novos Baianos, entre outros. Sua mãe, Lucinha Araújo, também cantava e gravou três discos.

Em 1972, tirando férias em Londres conhece as canções de Janis Joplin, Led Zeppelin, e dos Rolling Stones, e logo tornou-se um grande fã.

Cazuza fez vestibular para Comunicação em 1976, mas desistiu do curso três semanas depois. Mais tarde ele começou a freqüentar o Baixo Leblon, onde levou uma vida noturna boêmia. João Araújo cria um emprego para ele na gravadora Som Livre, da qual foi o fundador e era o presidente. Na Som Livre Cazuza trabalhou no departamento artístico, onde fez triagem de fitas de novos cantores. Logo depois trabalhou na assessoria de imprensa, onde escreveu releases para divulgar os artistas.

No final de 1979 ele fez um curso de fotografia na Universidade de Berkeley em São Francisco, Estados Unidos. Lá descobriu a literatura da Geração Beat, que mais tarde teria grande influência em sua carreira.

Em 1980 ele retornou ao Rio de Janeiro, onde ingressou no grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone no Circo Voador. Lá, foi observado pelo então novato cantor/compositor Léo Jaime que o indicou a uma banda de rock que procurava por um vocalista, o Barão Vermelho.